A obra Libera me de Feyo (pseudónimo de Nelson Daniel Mendes de Jesus) foi a vencedora da segunda edição do Prémio Internacional de Composição para Clarinete Solo e Banda.

O júri, constituído pela Vice-Presidente da Câmara Municipal de Loures, Sónia Paixão (em representação do Presidente da Autarquia) que preside o júri, o maestro António Saiote, o compositor e músico Agostinho Caineta, o clarinetista e compositor Carlos Marques, o saxofonista e maestro Francisco Ferreira decidiu a entrega do primeiro prémio a Feyo, pseudónimo de Nelson Daniel Mendes de Jesus.

O primeiro lugar consiste num prémio aquisitivo no valor de 1500 euros, na edição e publicação da partitura com gravação, edição áudio, bem como publicação da obra em CD.

O segundo prémio foi atribuído a Capricho Concertante de Catatumbo, pseudónimo de Lucidio Antonio Quintero Simanca, que consiste num prémio aquisitivo no valor de 1000 euros, na edição e publicação da partitura com gravação, edição áudio, bem como publicação da obra em CD.

O terceiro prémio foi atribuído a Elãgana Fantasia para Clarinete e Orquestra de Sopros de Piripipinis, pseudónimo de Daniel Borges Amaro, que consiste num prémio aquisitivo no valor de 500 euros, na edição e publicação da partitura com gravação, edição áudio, bem como publicação da obra em CD.

Foram ainda distinguidos com Menção Honrosa Concert Rhapsody N.º 1 for clarinet and band de Elephanta ek myias poieis, pseudónimo de Giovanni Lombardi.

António Saiote

Nascido em Loures, Portugal, António Saiote é um artista e pedagogo reconhecido mundialmente. Terminou o curso do Conservatório Nacional com 20 valores, na classe do professor Marcos Romão. Foi bolseiro da Fundação Gulbenkian em Paris, com Guy Deplus e Jacques Lancelot, e em Munique com Gerd Starke, onde obteve o Meisterdiplom da Hochschule de Munique, com distinção. Fez um curso de pós-graduação de Música Contemporânea, em Espanha, com Artur Tamayo e Repertório Tradicional em Inglaterra, com Georges Hurst. Concluiu o mestrado em Direção de Orquestra na Universidade de Sheffield.

Tocou com a Orquestra Gulbenkian, Sinfónica Portuguesa, Orquestra Clássica do Porto, Régie Sinfónica, Rádio Lisboa e Porto, São Paulo, Shanghai, Filarmónica das Beiras, Orquestra do Norte, Orquestra Sinfónica do Algarve e Sinfónica de Zurique.

Tem sido solista convidado em congressos internacionais, em países como EUA, Bélgica, França, Suécia, Canadá, Japão, Espanha e Itália. Atuou nos festivais de Sintra, Estoril, Nancy, Xangai, Macau, Rabat, São Paulo, Belo Horizonte, Caracas, São José, Santos, Lima, Yangi, Musicalta, Oviedo, Guimarães, Aveiro, Vila Real, Póvoa de Varzim, Paços de Brandão, Espinho, Algarve, Madeira, Açores, Folle Journée (CCB), Camerino, Atri e Porto Alegre.

Desde 1998 que desenvolve paralelamente uma carreira de maestro, tendo dirigido todas as orquestras portuguesas, bem como orquestras em Espanha, Venezuela, França e Alemanha. Dirigiu óperas tais como: O Amor Industrioso de Sousa Carvalho; Il Boticário de Haydn; Amor de Perdição de João Arroyo; Kleine Mahagony e Os Sete Pecados Mortais de Kurt Weill; O Doido e a Morte de Alexandre Delgado; Pierrot Lunaire de Schoenberg; Cosi Fan Tutte, Don Giovanni e A Flauta Mágica de Mozart; e A Hora Espanhola de Ravel.

Tem sido membro de júri nos prestigiados concursos de Toulon, Constância, Sevilha, Varsóvia, Caracas, Kortrik, Ghent, Brasília, e presidente do concurso Valentino Buchi, em Roma. Foi nomeado, numa votação por unanimidade, para Membro de Honra da Associação Internacional de Clarinete. Detém também o título de Personalidade Latino-Americana do Clarinete pela Associação ClariPeru, e foi distinguido com a Medalha de Honra do Concelho de Loures. Foi mentor e coorganizador do Congresso Mundial de Clarinete 2009, no Porto, e foi diretor artístico do Festival e Academia de Guimarães.

Atuou ou ensinou em mais de trinta países da Ásia, Europa, América e África do Norte. Atualmente ensina na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto (ESMAE). É diretor artístico e maestro titular da Orquestra Sinfónica da ESMAE e diretor artístico do Meeting Internacional de Clarinete Marcos Romão dos Reis Junior. É igualmente membro fundador da Ópera Norte.

Colabora regularmente como pedagogo, solista e maestro com o Sistema Venezuelano de orquestras infantis e juvenis.

Carlos Marques

Carlos Manuel Pires Marques iniciou os estudos musicais na Banda Marcial de Fermentelos, tendo estudado Clarinete e Violoncelo no Conservatório de Música de Aveiro. É licenciado em Clarinete pela Universidade de Aveiro, mestre em Psicologia da Música e doutor em Psicologia, pela Universidade do Porto.

Como instrumentista obteve o 1.º prémio no concurso da Juventude Musical Portuguesa em 1990, na categoria de Música de Câmara (nível médio).

Desenvolve atividade de composição e direção, tendo sido premiado em diversos concursos nacionais e internacionais: no Concurso de Composição Valentino Bucchi, em Roma (Itália) em 1992; 1.º prémio no concurso para jovens compositores, promovido pelo Inatel, em 1994; Grande Prémio do concurso de composição Maestro Silva Dionísio, em 2004; e 1.º prémio no concurso de composição General Firmino Miguel (2.ª edição).

Várias obras de sua autoria, têm sido executadas em Portugal, França, Holanda, Hungria, Itália, Noruega, Inglaterra, USA, Canada, México e Venezuela.

Integra regularmente júris de concursos nacionais e internacionais de clarinete, composição e de bandas.

Na direção de orquestra e de banda, tem participado em cursos com Robert Houlihan, Rodolfo Saglimbeni, Denise Ham, George Hurst, António Saiote, Paavo Järvi, Leonid Grin, Neeme Järvi e Timothy Reynish.

No âmbito do programa Comenius, ministrou aulas de música de câmara na Zespót Panstwowych Szkót Muzycznych nr 4 im, em Varsóvia, Polónia.

É diretor da Escola Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, em Aveiro.

Francisco Ferreira

Francisco Ferreira tem um percurso artístico multidisciplinar. É diplomado em Saxofone pelos Conservatórios de Música do Porto, de Limoges – França e Escola Superior de Música de Lisboa.

Lecionou em várias escolas, com destaque para o Conservatório de Música do Porto, Academia de Música de Costa Cabral e Escola Profissional de Música de Espinho.

Dedica-se igualmente ao desenvolvimento das orquestras de sopro, trabalhando na direção de orquestra com Jan Cober, Marc Tadue, Eugene Corporon, Douglas Bostock e José Pascual Vilaplana, concluindo em 2007 o mestrado em Direção de Orquestra, no Royal Conservatory Dutch de Maastricht.

Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, do Instituto Camões, premiado pela Fundação Eng º António de Almeida e vencedor do Concurso Ouvir e Falar da responsabilidade do maestro António Vitorino d’Almeida, apresentado pela RTP.

Apresenta-se regularmente em concertos na Europa, Ásia e Brasil. Tocou a solo com a Orquestra Sinfónica do Porto, Orquestra Clássica do Porto e da Madeira, Banda Sinfónica Portuguesa, Banda da Polícia de Segurança Pública de Lisboa, bandas de Curitiba (Brasil) e Municipal da Corunha (Espanha), e ainda com a Orquestra Portuguesa de Saxofones. É frequentemente convidado para ministrar masterclasses e para integrar júris de prestigiados concursos, nacionais e internacionais, de saxofone e de bandas.

Como maestro, dirigiu as bandas sinfónicas da Guarda Nacional Republicana (Lisboa), da Covilhã, do Conservatório de Música do Porto; Orquestras de Sopros da ESML, das escolas profissionais de Espinho, Beira Interior, ARTEAM, Escola Superior de Música de Lisboa, Orquestra de Sopros do Algarve, Filarmonia de Vermoim (Maia), Orquestra da União Europeia, Rundfunk-Blasorchester Leipzig (Alemanha), Banda Sinfónica de Tatuí (São Paulo, Brasil), Gran Canaria Wind Orchestra; bandas municipais de Santa Cruz de Tenerife, de Vitória – Gasteiz e de Pontevedra (Espanha) e Orquestra do Norte. Dirigiu ainda várias bandas filarmónicas, como a de Cinfães, Trofa e Golães, de Fafe.

Venceu o 1º prémio do II Concurso Internacional de La Sénia (Espanha) e World Music Contest em Kerkrade (Holanda) na categoria superior, com a mais alta classificação de todas as edições, na qualidade de maestro titular e diretor artístico da Banda Sinfónica Portuguesa.

É diretor pedagógico da Academia de Música de Costa Cabral – Porto. É artista Yamaha.

Agostinho Caineta

Agostinho Diniz da Cunha Caineta, natural de Azeitão, nasceu a 1 de março de 1936 e iniciou os estudos musicais na sua terra natal. Fez os seus cursos no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, concluindo o curso superior com os professores, Constança Capdeville, Marcos Romão dos Reis Júnior, Ilda Perry Vidal; Domingos Fernandes Canhão, Armando José Fernandes, Fernanda Mela e Joly Braga Santos.

Iniciou a sua carreira de músico profissional aos 19 anos, com o ingresso no Exército, na Banda do Regimento de Infantaria Nº 1, passando depois pelas bandas do R.I. Nº 16, Escola Prática de Infantaria e Caçadores Nº 5.

Mais tarde concorre à Banda da Armada, onde foi Subchefe e aí se manteve durante onze anos, tendo concorrido posteriormente a oficial chefe de banda de música da Força Aérea, onde foi maestro assistente, depois maestro principal até passar à situação de reforma.

Dividindo a sua atividade pela execução, regência e composição, colaborou assiduamente como executante nas orquestras da RDP, RTP e da Gulbenkian, tendo sido membro efetivo da Orquestra Ligeira da RDP.

Dirigiu também várias Filarmónicas, tendo obtido assinaláveis êxitos.

Em 1971, foi galardoado com um Primeiro prémio em terceiras categorias com a Banda da Vestiaria (Alcobaça), num concurso realizado pela FNAT-INATEL. Em 1981, na Holanda obteve um Terceiro prémio em segundas categorias, com a Banda de Montelavar (Sintra), na cidade de Kerkrade. Em 1987 na Alemanha, alcançou o Segundo lugar, também com a banda de Montelavar, na cidade de Alsfeld.

A nível de composição, é autor de algumas dezenas de canções ligeiras, várias marchas para Banda, seis Aberturas, três Suites, três Fantasias, dois Prelúdios uma Sinfonia e vários arranjos de temas famosos. Tem algumas obras suas gravadas em CD.

É também seu, o atual Hino da Força Aérea.

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