Maestro Marcos Romão dos Reis Júnior

(1917-2000)

Em 1917, Loures viu nascer Marcos Romão dos Reis Júnior. Ana e Marcos, seus pais, proporcionaram-lhe uma educação que desde muito cedo o ligou à música. Ainda muito jovem, ingressou na Banda da sua terra – Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Loures – da qual mais tarde viria a ser regente.

Em 1933, com dezasseis anos, integrou a Banda da Armada como grumete.

Aluno do Conservatório Nacional entre os anos 1934 a 1937, concluindo o curso com distinção máxima. Bolseiro pela Fundação Calouste Gulbenkian, estudou entre as elites mundiais do clarinete, no Conservatório de Paris.

Marcos Romão dividia a sua carreira entre músico da Marinha e solista nos muitos recitais em que participava pelo país fora. Em 1947, destacou-se ao vencer um concurso da Emissora Nacional. Como solista, integrou as antigas Orquestras Sinfónicas de Lisboa, a Orquestra Sinfónica Nacional e a Orquestra Filarmónica de Lisboa.

Soprou e dedilhou com mestria nos vários quintetos de sopro por onde passou, explorando a cinética musical em todas as amplitudes e sempre elogiado pela crítica.

Do lado de lá do Tejo, como maestro, conduziu a banda da Sociedade União Seixalense de 1941 a 1955. De grumete músico a subtenente, assumiu a chefia da Banda da Armada, em 1956, cargo que manteve até 1975 quando, já capitão de fragata. Sob a sua batuta, reorganizou a banda da Armada e conferiu-lhe um reportório próprio, subindo a fasquia ao nível das melhores bandas militares de então.

Em 1943/44, iniciou o estudo de composição no Conservatório Nacional de Música. Até 1997, não mais parou de escrever, entre marchas militares e música de câmara, mais de 30 obras dedicadas à Banda da Armada, a familiares e amigos. Ao grande rigor e respeito pelas regras clássicas da composição, acrescentou um estilo de forte componente popular, patente nos títulos das suas obras.

Em 1957, inicia-se como professor do Curso Especial de Clarinete do Conservatório Nacional de Música, saiu nos anos 80, altura em que começou a lecionar em Torres Vedras, na Escola de Música Luís António Maldonado Rodrigues. Uma vida a ensinar em cursos organizados pela Gulbenkian, pela Fundação nacional para a Alegria no Trabalho, por conservatórios regionais, nos famosos cursos de verão da Costa do Estoril, entre muitos outros. Mas também, como professor particular, preparou alunos para concursos.

Uma longa carreira muitas vezes louvada e condecorada, medalhas de comportamento exemplar, medalha do Infante D. Henrique, de Mérito Militar e o grau de cavaleiro da Ordem de Avis.

Loures, que o viu nascer enquanto pessoa e músico, sempre o considerou como filho da terra que a todos orgulha pelo seu talento, pela sua carreira e pelo seu exemplo de vida. Deixa-nos com o último sopro de vida em 2000, mas o tempo jamais extinguirá a vida repleta de sons que nos deixou.

Loures não esquece o seu contributo assumindo o papel de herdeiro do legado patrimonial musical de Marcos Romão dos Reis Júnior. Loures Capital do Clarinete manterá acesa a memória do passado, herança para o furo, trazendo até nós novas intemporalidades sonoras.

Obra musical

O Espólio do Maestro Marcos Romão dos Reis, músico e maestro, composto por partituras e documentos particulares encontra-se no Centro de Documentação Anselmo Braamcamp Freire
Museu Municipal de Loures

Unidade documental de referência, especializada em História do concelho Loures. 
Salvaguarda e preserva o património bibliográfico de Loures, proporcionando um serviço de referência a todos que desejem conhecer a história, a literatura, a imprensa, os costumes e tradições de Loures e das suas gentes.

Catálogo online

Horário
Terça-feira > sexta-feira
10:00 > 12:30 – 14:00 > 17:00

Contatos
Telefone: 211 150 536
dc_museus@cm-loures.pt

— Para um desfile militar: marcha militar

— Pequena suite para quinteto de sopro, partitura

— Pequena suite para quinteto de sopro

— Trio para clarinetes (adaptação), partitura

— Trio para clarinetes (adaptação), partitura

— Gratidão: marcha

— Sonatina para quinteto de sopro

— Sonatina para quinteto de sopro

— Sonatina para quinteto de sopro

— Fuga em mi Maior

— Fuga em mi Maior

— Fuga em mi Maior (andantino)

— Fuga em fá menor

— Fuga

— Oração da criança: coro religioso

— Trio para clarinetes (adaptação)

— Marcha para fanfarra especialmente composta para o centenário dos marinheiros da Armada

— Marcha militar (com fanfarra de clarins)

— Marcha militar nº 2 (com fanfarra de clarins)

— Marcha militar para banda e fanfarra de clarins

— Infante D. Henrique: marcha solene

— Suite nº1. Marcha miniatura para metais e percussão

— Suite nº1. Pequena Valsa para madeiras e percussão

— Pequena obra para quinteto de sopro (adaptação)

— Quinteto de sopro (adaptação do 24º dueto para clarinetes)

— Allegro com grazia

— As escolas do grupo 2 desfilando

— Temas (sujeitos) para Fuga

— Divertimento sobre motivos de sabor popular

— Divertimento sobre motivos de sabor popular

— Divertimento sobre motivos de sabor popular

— Três improvisos para clarinete solo em si b

— Três improvisos para clarinete solo em si b e pequeno conjunto de instrumentos de sopro

— Três improvisos para clarinete solo em si b e pequeno conjunto de instrumentos de sopro

— Três improvisos para clarinete solo

— Pequena fantasia popular (para banda)

— Pequena fantasia popular (para banda)

— Pequena fantasia popular

— Marcha, andante e rondó

— Divertimento nº3

— Divertimento nº2 (condutor)

— Divertimento para quarteto de saxofones

— Três miniaturas para quarteto de clarinetes em si b

— Três folhas soltas para banda

— Três folhas soltas para banda

— Sonatina para trio de clarinetes (adapt.)

— Sonatina para trio de

— Sonatina para trio de Oboé, Clarinete e Fagote

— Recordando um Festival de Bandas (Marcha)

— Sinfonieta para Banda

— Sinfonieta para Banda

— Suite nº 1. A ver a banda passar

— Hino da Restauração: 1º de dezembro de 1640

— Romanza para Trompa e quarteto de sopro

— Três pequenas peças para conjunto de metais

— Sonatina para trio de

— Três “Intermezzos” para Quinteto de Sopro

— Abertura em Sol

— Abertura para banda

— Homenagem ao Maestro marcos Romão

— Três pequenas peças para banda

— Fantasia Romântica

— Três movimentos para sopro e percussão

— Três movimentos para sopro e percussão (em si b)

— 3 partituras com a indicação Paço do Lumiar DGAFA

— Sonatina para conjunto de metais

— Outras composições que não constam do espólio:

Três peças para Banda

Segunda abertura 

Quarteto para metais

Sonatina para sexteto de metais